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Dólar sobe 0,12% e Bolsa volta aos 114 mil pontos na 3ª alta seguida

Moeda americana fechou a R$ 5,3094; já o Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, subiu 1,59%, aos 114.064,36 pontos

Erivelton Rodrigues
Por: Erivelton Rodrigues Fonte: R7
23/09/2021 às 18h06

O dólar fechou em leve alta contra o real nesta quinta-feira (23), com notícias fiscais domésticas pesando sobre o sentimento e retirando a moeda da queda de quase 0,9% de mais cedo, quando reagiu ao ambiente externo mais positivo e a sinalizações do Banco Central. Já o Ibovespa subiu 1,59%, aos 114.064,36 pontos.

O dólar à vista teve alta de 0,12%, a R$ 5,3094. Na máxima, alcançada na última hora de negócios, a cotação foi a R$ 5,3123 (+0,17%). Na mínima, tocada logo no início da sessão, houve queda de 0,88%, a R$ 5,2566.

No exterior, o índice do dólar caía 0,43%, maior queda em um mês, conforme investidores deixavam a moeda de lado na esteira de um forte movimento de apetite por risco que provocou um rali nos mercados de ações, de petróleo e nos rendimentos de títulos.

Já o principal índice de ações brasileiras emendou a terceira alta seguida nesta quinta-feira, com investidores remontando apostas após cenários mais temidos em relação à política monetária de Estados Unidos e Brasil não terem se confirmado, ao passo que a China parece ter evitado um crise em seu setor imobiliário.

Apoiado por uma recuperação forte nos setores siderúrgico e bancário e por uma disparada dos papéis de Embraer e Ultrapar, o Ibovespa subiu 1,59%, aos 114.064,36 pontos.

"Se for buscar a região de 116.500 pontos, indica fim da tendência e pode tentar processo de reversão", tuitou Danillo Fratta, analista gráfico da Capitalizo. O giro financeiro da sessão totalizou 32,9 bilhões de reais.

Os ganhos vieram após o Federal Reserve, autoridade monetária dos EUA, ter mantido o juro e indicado para "breve" a gradual desmontagem de um programa de compra de títulos, e o Banco Central elevar o juro básico em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, terem vindo em linha com as expectativas.

Além disso, agentes do mercado parecem ter comprado a mensagem do governo chinês para uma 'quebra controlada' da incorporadora Evergrande, o que permitiu nova recuperação dos preços de commodities, levando consigo ações de siderúrgicas.

Um dos destaques negativos do dia foi o setor imobiliário, com analistas prevendo que a escalada da Selic vai esfriar o financiamento para o setor. Só com recursos da poupança, o setor movimentou 21 bilhões de reais em agosto, alta de 79,2% ante mesmo mês de 2020, informou a Abecip.

O Credit Suisse promoveu um rodada de cortes nos preços-alvo de ações de oito companhias do setor.

O juro mais alto e a iminência do fim do auxílio-emergencial do governo também pesaram em ações ligadas a consumo.

O dia ainda foi marcado por uma manifestação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) no espaço público da B3, na capital paulista, mas sem impacto nas operações de mercado.

Destaques

- EMBRAER disparou 12,2%. A companhia recebeu encomenda de até 100 aeronaves elétricas pouso e decolagem verticais (eVtol) para serem usadas como táxis aéreos da Bristow, com entregas previstas para começar em 2026. Além disso, o Goldman Sachs elevou em 50% o preço-alvo do ADR da fabricante de aeronaves.

- ULTRAPAR deu um salto de 9,51%. O grupo anunciou na noite da véspera o início de processo de sucessão de seus principais executivos e mudança na presidência da rede de postos de combustíveis Ipiranga.

- USIMINAS teve ganho de 9,25%, com o setor de metais estendendo ganhos das últimas sessões, com menores receios de quebradeira no setor imobiliário na China, o que poderia pressionar para baixo os preços do aço nos mercados internacionais. GERDAU subiu 5,63%.

- ITAÚ UNIBANCO avançou 3,46%, ilustrando a forte recuperação do setor bancário. BRADESCO evoluiu 4,4%. SANTANDER BRASIL cresceu 3%.

- VALE foi alvo de realização de lucros durante a maior parte da sessão, apesar do aumento das cotações do minério de ferro na China, mas fechou o dia estável. A mineradora foi alvo de vários cortes na recomendação por bancos nos últimos dias.

- CYRELA recuou 4,3% e MRV perdeu 2,7%. Elas e outras do setor tiveram redução na recomendação das ações pelo Credit Suisse, um dia após o Banco Central ter elevado novamente o juro básico do país, a 6,25% ao ano, o que pode ajudar a esfriar o efervescente financiamento imobiliário no país, que teve alta de 79% em agosto, segundo a Abecip.

- MAGAZINE LUIZA retrocedeu 2,9%, enquanto AMERICANAS teve baixa de 2,6%. Além do aumento do juro, profissionais do mercado citaram o fim do programa de auxílio emergencial do governo como fatores que devem diminuir a demanda no varejo.

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